A Caixa divulgou nesta quarta-feira 9 de novembro resultados alcançados no período de janeiro a setembro de 2022. Se recortado apenas o terceiro trimestre, o lucro líquido foi de R$ 3,224 bilhões, variação positiva de 0,5% em relação ao do mesmo trimestre de 2021, R$ 3,207. Na comparação dos nove meses, no entanto, a queda no lucro líquido foi de 45,9%: em 2022, R$ 7,599 bilhões e em 2021, R$ 14 bilhões. Há que se recordar que o lucro de 2021 foi artificial, inflado pelo resultado não operacional com a venda de ativos. Na comparação entre os nove primeiros meses de 2022 e de 2021, o resultado bruto da intermediação financeira encolheu 3,7%. Houve incremento significativo nas receitas, 64,8%, em grande parte consequência da elevação das taxas de juros em aplicações financeiras de liquidez e em títulos e valores mobiliários. Mas nas despesas a variação foi proporcionalmente mais significativa, 126,9%, com taxas de juros elevando o custo de captação de recursos de clientes.
Fatias de mercado
A participação da Caixa no mercado até setembro de 2022 ante dezembro de 2021 variou residualmente, 0,4%, no total da carteira de crédito ampliado. Reduziu-se em financiamento habitacional, mas mantém, com folga, a liderança do segmento, com 65,7% do total. Em poupança, mais 1,2% e em depósitos à vista menos 1,5%. Se observada, no entanto, série iniciada em 2016, a Caixa perde mercado para os concorrentes em todos os segmentos, exceção ao de agronegócio.
Recursos de clientes
No total de saldos de depósitos e outras operações, em setembro de 2022 a Caixa contabilizou R$ 560,6 bilhões, redução de 2,2% quando comparado ao de dezembro de 2021, R$ 573,1 bilhões. Depósitos à vista se reduziram em R$ 8,3 bilhões e em poupança, R$ 11,7 bilhões. Crescimento significativo ocorreu apenas nos depósitos judiciais, mais R$ 9,42 bilhões.