Matéria da Rede CNN registra que o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu auditoria na quarta-feira (5) para apurar a gestão da Previ – Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. O TCU, não obstante o título tribunal, é mero órgão auxiliar do Congresso Nacional na fiscalização do Poder Executivo.
Segundo a matéria da CNN, o ministro Walton Alencar avalia que em 2024 o desempenho da Previ, “se comparado a anos anteriores, foi pífio”. O ministro menciona, ainda, “sérios problemas de gestão que parecem estar a afligir a entidade”. Não há referência a quais seriam esses problemas.
Em nota, a Previ informa que “embora o ano de 2024 tenha apresentado grande volatilidade, os planos continuam em equilíbrio — muito por conta do bom resultado de 2023, também construído pela atual gestão”. A entidade acrescenta que “não há, portanto, nenhum risco de equacionamento, nem de pagamento de contribuições extraordinárias pelos associados ou pelo Banco do Brasil.”
Companhia Vale
Em artigo de 8 de fevereiro no Portal GGN, o jornalista Luís Nassif considerou a iniciativa do TCU “tão extravagante que suscitou desconfianças imediatas.”
Nassif registra que a Previ possui participação significativa na Companhia Vale, cujo desempenho depende de preços internacionais. Diz o jornalista que, “no ano passado houve queda nos preços do minério de ferro, refletindo-se sobre as ações da Vale, além de R$ 170 milhões de indenização para as vítimas da tragédia de Mariana. Passado o período, o BTG estima um potencial de alta de 24,2% nos preços da Vale enquanto o Itaú BBA aposta em 39%”. Em seu artigo, Nassif enxerga, no caso, um “movimento reforçado por coberturas escandalosas de parte da mídia ligada ao mercado”
De olho em grandes fundações
A Previ é a maior entidade fechada de previdência privada no país. Segundo dados da Superintendência Nacional de Previdência Complementar, base junho de 2024, essa fundação administra R$ 264,6 bilhões, valor correspondente a 22,3% do total do sistema.
A ver.