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Home Office na pandemia já demonstrou perigo de retrocessos!

Toda a categoria aprovou realização de home office (HO) durante a pandemia, pois era uma questão de preservação de vidas. Já os bancos chegaram a anunciar que o HO havia vindo para ficar e planejavam não voltar mais ao trabalho presencial.

A pandemia ainda não acabou, embora tenham diminuído bastante, os casos de contaminação e mortes em função da vacinação que, AGORA, está atingindo um porcentual importante da população. Porém, os riscos ainda existem!

Para a nossa surpresa, os bancos estão querendo que a categoria retorne para o trabalho presencial. O Santander, o BB e a Caixa já estão fazendo isso!

Oras, se havia interesse dos bancos na manutenção do teletrabalho, por que forçar a volta agora, ainda na pandemia?

Muitos colegas gostaram do HO e preferem continuar com o trabalho virtual. Contudo, uma parcela importante da categoria já percebeu que ainda há muito problema a enfrentar com a manutenção do teletrabalho.

Na Caixa, então, nem se fale. A começar pela marcação do ponto eletrônico, que não está regulamentado para quem faz o HO (exceto para quem faz hora extra).

A Caixa obriga a assinatura de um Acordo no qual o item 4.1 expressa a concordância do empregado em trabalhar por produção e não, por jornada. Some-se, a isso, o GDP, que pretende excluir quem não atingir as metas dos programas de remuneração, promoção, inclusive, ameaçando retirar função e fazer transferência forçada.

Com isso, as metas estão aumentando e muitos empregados já estão trabalhando para além das seis horas diárias.

A questão das metas soma-se a outros problemas: o VPN que, vira e mexe, demora para logar, chegando ao absurdo de um dia ficar mais de seis horas sem logar pessoa alguma; o atraso para abrir o sistema acaba deixando os empregados por duas ou mais horas na frente do computador sem poder fazer nada até logar o VPN; o sistema da Caixa, que também vive dando pau e atrasa muito a produção; os computadores obsoletos, que travam com o volume de documentos que vão se abrindo.

Mudanças nos roteiros de trabalho, sem ser por escrito, nos normativos, como deveria ser, deixando muita gente insegura e com muitas dúvidas de como realizar o serviço.

A problema é: vivendo este estresse dia a dia, por meses, muita gente já está adoecendo!

O fato de ficar em casa agrava muito o estresse, para a maioria dos empregados, principalmente, as mulheres que têm filhos. Os afazeres domésticos se somam ao trabalho do banco, tudo fica misturado e o risco de acontecer algum erro é grande.

Além disso, o banco já suspendeu o vale-transporte e nada garante que, no futuro, venha a fazer o mesmo com o vale-refeição. Mas, o mais incrível é que o banco se livrou de despesas operacionais, como aluguel de prédios, luz, água, internet, telefone etc. Claro, tudo isso foi transferido para os empregados!

Mas, agora ouvimos dizer que “os representantes” da categoria estão negociando um Acordo de HO com a Caixa. Incrível, mas não houve discussão sobre isso com a base!

Assim como ocorreu no Saúde Caixa, há uma proposta de Acordo sendo costurada com a Caixa, sem passar pelos empregados.

Além de antidemocrático, isso tem outro problema: sem debater o assunto com os empregados, não trazendo as dificuldades para garantir nossos direitos, não tem como fazer mobilização!

Por acaso algum dirigente sindical acha que consegue convencer o banco a atender às nossas reivindicações somente argumentando com ele?

Sem a mobilização da categoria seguiremos retrocedendo nos direitos e nas condições de trabalho e seguiremos tendo aumento no quadro de adoecimento.

É muito importante que qualquer proposta de Acordo a ser negociado seja discutida com a categoria.

Sabemos que, ao menos metade da categoria, pretende continuar em HO, após a pandemia. Por isso, é preciso ver um Acordo que garanta os direitos de quem continuar na modalidade e, inclusive, garantir que seja opcional fazer teletrabalho ou trabalhar presencialmente.

Mas isso só acontecerá com a mobilização da categoria. Por isso, perguntamos à Contraf/CUT e à CEE Caixa: cadê as discussões na base e a mobilização para as negociações de um Acordo de teletrabalho?

 

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