Previdência e Saúde

Remuneração variável de dirigentes na Funcef: um escárnio

Em áudio que circula desde ontem (21) em redes sociais, o presidente da Funcef, Ricardo Pontes, menciona a repercussão negativa de matéria que está pautada para reunião de 24 de junho do Conselho Deliberativo da Fundação.

Ricardo Pontes faz referência a nota publicada pela Contec, uma das confederações que abriga sindicatos de bancários no país. Na nota – em verdade, uma Moção de Repúdio – a Confederação se posiciona contrariamente à aprovação de proposta de pagamento de remuneração variável a dirigentes atuais e ex-dirigentes da Funcef, o que é “contraditório ao momento vivido por todos os participantes, que enfrentam déficit de cerca de R$ 26 bilhões”, registra o texto da nota.

Embora Pontes diga que a “matéria está em discussão, em deliberação no CD”, ele mesmo cita que, “salvo engano”, a remuneração variável teria sido aprovada em 2022 pela Diretoria-Executiva e, no início de 2023, pelo Conselho Deliberativo da Funcef.

Montante da remuneração

Na pauta do dia 24 a discussão prevista é quanto ao valor da remuneração, não sua exigibilidade. Esse valor, pago em parcela única por conta dos resultados de 2023, representaria um extra entre duas vezes e duas vezes e meia a remuneração mensal dos dirigentes.

Com ou sem déficit, remuneração indevida é um escárnio

A Funcef é entidade sem fins lucrativos, administradora de planos de benefícios e remunerada pelos participantes e pela Caixa para tanto. Ela deve a seus trabalhadores, incluindo dirigentes, remuneração condizente às responsabilidades a eles atribuídas,

No entanto, independentemente da situação deficitária ou superavitária de planos de benefícios, o pagamento de remuneração variável, consequência de resultados alcançados com base em metas definidas pelos próprios dirigentes, é um escárnio. Mais ainda: trata-se de resultados, mantida a atual política de investimentos, alcançados basicamente em aplicações em títulos da dívida pública da União, risco zero e taxas garantidas, coisa bem distante da opção por investimentos na economia real.

Pontes informa que está “alinhando com a Presidente do Conselho, a Salete, a retirada de pauta dessa matéria para mais discussões dentro dos colegiados da Fundação”.

O que deve é eliminar a tal remuneração definitivamente.

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