Neste dia 30 completa-se uma semana que a CAIXA retornou ao seu horário de atendimento convencional.
Duas grandes confusões marcaram a semana: uma consumada e a outra na forma de boato – ao menos por enquanto.
A primeira foi a ordem superior de convocar os funcionários para um horário estendido, em que as agências permaneceriam abertas por 8 horas – das 8h às 16h, na capital de São Paulo. Para isso, bancárias e bancários foram convocados na noite anterior (!) a trabalhar em horário alterado, ou com horas extras, para garantir tal jornada.
A segunda confusão foi o boato de restruturações que estariam sendo planejadas na matriz, áreas meio e novamente na rede, com corte generalizado em funções gerenciais. Até agora, não há desmentido por parte da presidência a respeito do tema. Durante a pandemia, sempre que havia tema polêmico, Pedro Guimarães acovardou-se, fugindo de posicionar-se, sempre atribuindo às vice-presidências uma suposta “autonomia” para decidir. Conhecendo o modus operandi, cabe perguntar se a restruturação também será conduzida dessa forma, emulando uma situação que afaste a responsabilização do presidente da CAIXA.
Graças à habilidade dos trabalhadores da CAIXA – dos gerentes aos técnicos bancários, passando pelos terceirizados – não houve grandes incidentes negativos no retorno ao horário convencional, por mais que as condições para o atendimento sejam muito ruins: tanto do ponto de vista sanitário, como na disponibilidade de mão-de-obra e sistemas de atendimento.
Dupla fila causada pelo Interaxa continua
Colegas que retornaram do trabalho remoto seguem atendendo a dupla fila nas agências. Agora, o horário de atendimento massivo via Whatsapp foi reduzido: abandonou-se o horário das 9h às 17h, para coincidir-se com o horário de atendimento das agências.
Assim, a situação que denunciamos na semana passada segue ocorrendo, já que esses trabalhadores sofrem a pressão de atender a duas filas ao mesmo tempo: uma virtual, no Interaxa, e à sua frente, uma fila física, dentro das agências.
Agressões verbais e reclamações surgem, já que há fila de espera no Whatsapp/Interaxa e também no interior das agências.
O cliente que busca o atendimento presencial conclui que está sendo ignorado pelo colega que eventualmente fica sem chamar senhas da fila, enquanto está tratando a fila virtual no Interaxa. Já o atendimento virtual, que antes tinha uma espera média de poucos minutos, tem chegado a meia-hora ou mais, totalmente fora do que se espera de um atendimento por meio eletrônico. Outro complicador que tem sido relatado, é que o Interaxa atribui a responsabilidade de atender até 5 pessoas ao mesmo tempo, a cada funcionário conectado na ferramenta de atendimento virtual. Cabe o questionamento: será que vale a pena seguir oferecendo um atendimento precário como esse pelo canal do Whatsapp?