No período janeiro-abril de 2023, os planos administrados pela Funcef, exceção às reservas para pagamento de benefícios no Novo Plano e Plano Reb, alcançaram rentabilidade inferior à meta de 3,94%, comum a todos eles. Causas, segundo informa a Funcef: rentabilidade dos investimentos inferior à taxa esperada, crescimento da provisão para o contencioso judicial em perda provável e, ainda, atualização de déficit contabilizado e não equacionado desde 2017. Tudo somado, negativo de R$ 2,217 bilhões. A meta é dada pelo produto da variação acumulada do INPC e taxa de juros anual de 4,5%. Até abril, INPC de 2,42% multiplicado por 1,48% da taxa anual, que corresponde a 4/12 de 4,5%.
Segmentos de investimentos
Observados os segmentos de aplicações financeiras e investimentos, impacto negativo de 6,11% em Renda Variável, onde se contabilizam, entre outros papéis, ações negociadas em mercado aberto. Somados todos os planos, concentram-se em RV 18,2% dos ativos. Superiores à meta, resultados da Renda Fixa, que inclui títulos da dívida pública da União, e Operações com Participantes (empréstimos). Em Renda Fixa estão aplicados 70,4% dos ativos.
Deficit elevado
Com esse resultado, o déficit acumulado nos planos Funcef alcança R$ 9,123 bilhões, valor 32% superior ao do fechamento do exercício de 2022.
Limite para novo equacionamento
Com a precificação de ativos – ajuste contábil relativo a títulos da União para resgate apenas em seu vencimento – o déficit no primeiro quadrimestre do ano elevou o acumulado desde 2017, ainda não equacionado, a R$ 4,457 bilhões no Saldado e a R$ 144,4 milhões no Não Saldado. No caso do Saldado, tal valor equivale a 84,1% do máximo admitido, que, se ultrapassado, determinará novo equacionamento. Essa hipótese, no entanto, será analisada apenas no final do exercício.