Movimento

Negociações, assembleias e de fato uma campanha: por enquanto, hipóteses.

Passados dois dias do plebiscito que resultou na rejeição da proposta de acordo coletivo formulada pela Caixa e endossada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), circula no Whatsapp mensagem dessa comissão revelando que comunicará à Caixa tal rejeição e reivindicará a reabertura das negociações. Orientará, ainda, assembleias até a próxima quarta-feira para avaliação de nova proposta, na hipótese de que seja formulada, ou deflagração do movimento para sexta-feira, sem especificar qual o caráter do movimento.  A CEE-Caixa, constituída por entidades sindicais, participa da mesa de negociação e é coordenada pela Contraf-CUT.

No portal da Contraf-CUT ainda não havia sido publicado, até a manhã deste sábado, informe a respeito. No portal Fenae, chamadas para o festival de talentos, torneios de canastra e de damas.

A proposta da Caixa alcança, nas cláusulas econômicas, o determinado pela Fenaban para todos os bancários: na data-base 2024, reajuste de 4,64%, índice que, acredita a Contraf-CUT com base na estimava de inflação para agosto, resultará em ganho real de 0,7%; na de 2025, correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e 0,6% de ganho real. Se confirmada a estimativa, os bancários terão tido desde 2016, portanto dez datas-bases, reajuste acumulado de 1,93% acima do INPC, o que equivale a 0,19% em cada uma delas. Em outras palavras, salário e a maior parte das parcelas de natureza econômica congelados em termos reais, em segmento da economia recordista de rentabilidade.

Saúde Caixa e Funcef

Para bancários da Caixa, aí incluídos aqueles ainda em atividade no banco e os já aposentados, as duas principais demandas, temas de congresso dos empregados realizados este ano, na prática foram ignoradas.

Na redação do Acordo, Saúde Caixa é cláusula que se limita a ratificar aditivo que tem vigência até dezembro de 2025. Fim do teto de 6,5%? Direito ao Saúde Caixa quando da aposentadoria aos admitidos a partir de 1º de setembro de 2018? Nada disso.

Quanto à Funcef, cláusula em que entidades e Caixa se comprometem em envidar esforços para a incorporação do Reb pelo Novo Plano, o que se repete desde 2012. Alternativas ao Equacionamento? Revogação de alterações ilegais nos regulamentos dos planos e estatuto da Funcef? Nada disso.

O sindicalismo virtual, formulador da estratégia de distanciamento da base que representa e da aposta exclusiva em mesa de negociação, encontra-se em uma encalacrada. O plebiscito, que esse sindicalismo denomina assembleia virtual, mesmo sem espaços para o contraponto, sem espaços para alternativas, sem espaço para manifestação de bancárias, rejeitou o arranjo Caixa/Contraf-CUT. Em outras palavras, deu ruim para os autores e atores do teatro da negociação.

A ver, agora, os desdobramentos.

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