A Contraf-CUT, confederação que representa os trabalhadores em mesa de negociação com a Caixa, divulgou planilha Excel na qual se pode simular:
a) Valor mensal da participação no Saúde Caixa na hipótese de aceitação da proposta de interesse da direção da Caixa, pela Contraf defendida.
b) Valor mensal da participação no Saúde Caixa se aplicados índices denominados “sem negociação”.
c) Diz-se, ainda, que “será cobrado 4,2 parcelas extraordinárias”
Confissões da Contraf-CUT
1 – Sigilo: o sigilo na divulgação aos usuários do Saúde Caixa dos termos em negociação segue vigente. Mas há que ser reconhecer: de repente, apareceram percentuais a serem aplicados em planilha, com casas decimais e tudo, que encarecem ainda mais a mensalidade dos titulares? Aparição conveniente.
2 – Parcelas extraordinárias: neste caso, integrante da Comissão de Empresa já havia mencionado a ameaça de cobranças extraordinárias. No entanto:
– Quem autoriza cobranças extraordinárias? São autorizadas pelo Acordo Coletivo de Trabalho apresentado como “vitória”, “conquista” pela mesma Contraf-CUT em 2020;
– Qual a razão da cobrança extraordinária? Um déficit, cuja efetividade quanto ao total não foi apurada ou, se apurada, segue em sigilo. O que se sabe é que déficit é consequência do teto de 6,5% e do fim da proporção de custeio assistencial em 70%, Caixa, 30%, usuários. O Acordo Coletivo de Trabalho estabeleceu a cobrança de parcelas extraordinárias como de exclusiva responsabilidade dos titulares.
Por fim, a prática de sempre da Contraf-CUT: o teto de 6,5% continuará no Acordo proposto, a cobrança adicional aos usuários seguirá como cláusula de acordo, da mesma forma a décima terceira parcela. Novidade no Acordo: o limite da parcela mensal do titular com dependentes, hoje em 4,3% da remuneração, saltará para 7%. Reajuste na cobrança mensal? Entre 22% e 79%
E os admitidos a partir de 1 de setembro de 2018? Esses continuarão “contemplados” no Acordo: perderão o direito ao Saúde Caixa quando da aposentadoria.
Essa é a receita de mais uma “vitória” ou “conquista” propalada pela Contraf-CUT. Dizer não à Caixa, nem pensar. Discutir alternativas com os trabalhadores, menos ainda.
A proposta é inaceitável.