Previdência e Saúde

Até o 3º Trimestre, planos Funcef contabilizam deficit de R$ 6,713 bilhões

Mais uma vez, segmento Operações com Participantes alcançou a mais elevada rentabilidade.

Na base setembro de 2022, os planos Funcef acumularam, somados, deficit de R$ 6,713 bilhões. Dado positivo é que o valor, embora ainda muito elevado, ficou abaixo do contabilizado até dezembro de 2021, então em R$ 6,980 bilhões. A variação negativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos meses de julho, agosto e setembro contribuiu para a redução da meta e, assim, alcançá-la.

No Reg/Replan Saldado o resultado do investimento nos nove primeiros meses deste ano foi R$ 655 milhões superior à meta. Nesse plano, impacto negativo de R$ 442,3 milhões por conta da cobertura de deficit acumulado desde 2017 e não equacionado, além de R$ 284 milhões no contencioso judicial. No Reg/Replan Não Saldado, o passivo (reservas para pagamento de benefícios aos participantes) evoluiu R$ 1,286 bilhão menos que a meta, o que foi consequência da alteração de regulamento do plano para a implementação da Resolução CGPAR 25. Essa resolução eliminou direitos dos participantes, entre os quais o de correção dos benefícios pelos índices aplicados à tabela salarial da Caixa. Menos benefícios, menos reservas necessárias ao pagamento.

Operações com participantes superam a meta em 4,1 pontos

Os planos Funcef somam R$ 92,6 bilhões em ativos de investimentos. Esses ativos destinam-se a pagamento de benefícios atuais e futuros. Desse total, R$ 62,2 bilhões, ou 67,19%, estão alocados em Renda Fixa, segmento que inclui títulos da dívida pública da União, e outros R$ 19,5 bilhões, 21,05%, em Renda Variável, onde se contabilizam ações negociadas em bolsa de valores. Nos demais segmentos, R$ 10,8 bilhões, 11,7% do total. Aplicações em Operações com Participantes (empréstimos) continuam sendo as de maior rentabilidade neste ano. As taxas de juros cobradas dos participantes proporcionam o resultado.

Todos os planos alcançaram a meta de 7,82%. Essa meta é dada pela variação acumulada do INPC de janeiro a setembro (4,32%) acrescida de taxa de juros de 3,36% (9/12 de 4,5%, a taxa anual).

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