Quinto e último da série de artigos destacando resultados da Caixa em 2021, base setembro. A Caixa tem anunciado redução em suas despesas administrativas. No Relatório da Administração do terceiro trimestre de 2021, a referência é a aluguéis cortados graças à entrega de prédios. Trabalhadores, agora forçados à volta ao trabalho presencial, constatam que a entrega de espaços resultou em falta de espaços. Em outras palavras, o número de estações de trabalho, segundo denúncia encaminhada a entidades sindicais, é inferior ao número de trabalhadores em muitas áreas-meio. Comparando-se as despesas administrativas contabilizadas dos nove primeiros meses de 2018 ao mesmo período de 2021, destaca-se aumento em Comunicações e a redução em Propaganda. A Caixa não especifica o conteúdo em cada rubrica. Em aluguéis, há crescimento de 7,1% em setembro de 2021 em relação a setembro de 2018. Os valores são históricos, desconsiderando-se a inflação. Podese supor redução em termos reais, embora, por ser uma instituição financeira, é prática a existência de contratos de longo prazo, sem necessariamente reajustes a cada ano por determinado indexador. As despesas com aluguéis representam, em setembro de 2021, 13,8% do total. Em 2018, correspondiam a 12,8%. As de maior peso são do grupo processamento de dados: em 2019, eram 14,4% do total; em 2018, 13,5%. Serviços de terceiros se reduziram, mas em função da segregação das despesas da rubrica serviços de transportes. No total das despesas administrativas, em 2021 corte de 0,7% em relação a 2018. No entanto, constata-se dispêndio crescente desde 2019.
