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Diretores e Conselheiros deliberativos eleitos. Falta, agora, o aval da Previc.

A Funcef anunciou hoje, 2 de maio, o resultado do processo eleitoral. Para as vagas ao Conselho Deliberativo, com mandato de quatro anos, foram eleitos Ana Fátima de Brito, 23014 votos, e Selim Antônio de Salles Oliveira, 21.975 votos.

Para a Diretora de Benefícios, mandato de quatro anos, o vencedor foi Jair Pedro Ferreira, 22.701 votos, ou 52,6% do total. Para a Diretoria de Administração e Controladoria, mandato de dois anos, foi eleito Rogério Antônio Vida Gomes, 23.174 votos, 53,91% do total.

Votaram neste segundo turno 43.903 eleitores, 32,08% dos 136.837 aptos a votar.  Os nomes dos eleitos serão submetidos à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), uma autarquia federal, que endossará ou não a escolha dos eleitores. A posse deve ocorrer em 31 de maio de 2022.

Participantes terão minoria na diretoria-executiva

Consequência de alteração estatuária vigente desde 2021, a composição da diretoria-executiva da Funcef foi reduzida de seis para quatro integrantes. A proposta de alteração do estatuto recebeu três votos favoráveis e três contrários em reunião do Conselho Deliberativo. Sem a maioria dos votos para aprová-la, a Caixa valeu-se do chamado voto de qualidade (desempate), que se caracteriza pela prerrogativa de o presidente do Conselho Deliberativo, no caso sempre alguém indicado pela Caixa, ter seu voto contado duas vezes. Embora previsto em lei complementar, o estatuto então alterado vetava o voto de qualidade para determinadas situações, entre as quais mudança estatutária. Portanto, o Conselho desrespeitou o próprio estatuto para alterá-lo.

Mais uma manobra

Com a redução do número de diretorias, cabe à Caixa indicar o diretor-presidente e o diretor de investimentos e participações. Os participantes elegem dois outros diretores, o de administração e controladoria e o de benefícios. No entanto, houve outra manobra da direção da Caixa: disposição transitória na nova versão do estatuto garantiu permanência de diretores, indicados ou eleitos, até o fim dos respectivos mandatos. Na prática, a Caixa, que havia indicado seus três diretores em maio de 2021, poderá mantê-los até o fim dos respectivos mandatos, em 2025. Com dois eleitos no processo atual, os participantes serão minoria na diretoria de cinco integrantes.

A alteração do estatuto também instituiu a avalição periódica do trabalho dos diretores pelo Conselho Deliberativo. Assim, a direção da Caixa, que comanda o Conselho, poderá afastar qualquer um dos eleitos quando entender conveniente, sem consulta aos eleitores.

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