Economia

DREX – O Real digital

Mais operações financeiras e comerciais realizadas por meio de plataforma eletrônica, de moeda virtual. Com isso, menos transações em agências com intermediação direta de bancários.   

O Banco Central do Brasil (Bacen) criou o DREX, o Real em formato digital. O projeto ainda está em fase experimental, para conclusão em 2024. Segundo o Bacen, a iniciativa “busca promover a eficiência dos mercados financeiros e a inclusão financeira” por meio de operações em plataforma desenvolvida pelo banco. Trata-se de “um ecossistema de registro no qual intermediários financeiros regulados converterão saldos de depósitos à vista em moeda eletrônica DREX, para que os seus clientes tenham o acesso a vários serviços financeiros inteligentes”.

Intermediário ou câmara de compensação

O Bacen acredita que serviços financeiros automatizados, “programáveis, padronizados e conduzidos de forma segura dentro da Plataforma DREX, abrirão espaço para novos provedores de serviços financeiros e novos modelos de negócios”.

Em live de representantes do Bacen nesse projeto, são apresentados exemplos de operações. Entre os exemplos, a hipótese de transação de compra e venda de um ativo qualquer (automóvel, imóvel etc.), que seguiria o seguinte trâmite: a) o proprietário de ativo transfere por contrato essa propriedade à plataforma; b) o comprador transfere o valor da aquisição à plataforma; c) a plataforma concretizará a negociação. A intenção é, com isso, dar mais segurança e evitar custos adicionais com outros intermediários, tais como despachantes ou advogados. Ainda entre exemplos, a hipótese títulos públicos federais de uma carteira de ativos digitais na plataforma DREX serem oferecidos como garantia de financiamento.

DREX é PIX?

Na mesma apresentação, representantes do Banco Central esclarecem que o PIX foi criado para concretizar um meio de pagamento. O Real digital é tecnologia para “facilitar o acesso a serviços financeiros, isto é, obter empréstimos com mais facilidades ou ter opção de investimento mais acessível” e, dado o baixo risco da operação, “vantajosa em comparação ao que se pode alcançar no mercado convencional”.

Menciona-se, ainda, que haverá custo. A cobrança será feita pela instituição financeira que intermediará cada operação. A “carteira digital”, que permitirá operações na plataforma, será custodiada por instituição financeira credenciada pelo titular.

Participação da Caixa no projeto DREX

Em seu relatório de administração do primeiro semestre de 2023, a Caixa informa que lidera um consórcio formado por Microsoft e Elo, como um dos participantes do Projeto Piloto do Real Digital. A participação, diz a Caixa, fortalece a posição do banco na digitalização financeira do país.

Qual é a sua reação?

Animado(a)
0
Gostei
0
Apaixonado
0
Não gostei
0
Bobo(a)
0

Você pode gostar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais em:Economia