Batendo de porta em porta, em busca de emprego na Caixa. É a sina de muitos dos empregados atualmente lotados em mais de uma centena de unidades da Caixa que serão fechadas. Ao que eles relatam, não há orientação ou coordenação de áreas do banco quanto à recolocação para esse pessoal.
A depender da chefia, aqueles em busca de novo emprego estão liberados para conversar com esse ou aquele conhecido em unidade remanescente, quem sabe no mesmos bairro ou, se não for possível, quem sabe na mesma cidade. E, o que seria ganhar na loteria, ocupando a mesma função, supondo que não se trate de função entre aquelas atribuídas aos clientes, portanto já inexistente no novo destino.
Unidades da Caixa têm juntado, recentemente, atendimento social e atendimento comercial. E o fazem intensificando metas, tanto aquelas para venda de produtos, o que sinaliza ganhos fáceis para novos sócios privados desejados pela direção do banco, quanto aquelas de cadastramento biométrico, meio pretendido para evitar que clientes indesejáveis passem pelas portas giratórias na esperança de atendimento por um bancário.
É a gestão inspirada no modelo Guimarães, em longo período Presidente da Caixa no governo Bolsonaro: corte de pessoal em programas de demissão como o recentemente realizado, que eliminou três mil postos de trabalho; desrespeito aos trabalhadores que ficam, como meio de lhes dizer o quão indesejáveis são; e fatos relevantes ao mercado, como meio de anunciar futuros lucros recordes fundados na alienação de ativos e participações, não no fortalecimento do banco.
Essa direção da Caixa deve ser combatida, em respeito aos trabalhadores, ao atendimento de clientes e, ainda, para manter a Caixa como uma das poucas instituições capazes de realizar políticas de Estado em favor da população. Cabe às entidades representativas campanha permanente com esse objetivo.