Segundo de uma série de cinco artigos destacando resultados da Caixa em 2021. No artigo de amanhã (25), tarifas bancárias e despesas de pessoal.
Os saldos das operações de crédito na Caixa cresceram em todos os segmentos. Observada a variação de dezembro de 2020 a dezembro de 2021, no total direcionado ao setor público foram contabilizados nesses meses, respectivamente, R$ 62,1 bilhões e R$ 63,5 bilhões, mais 2,3% em um ano; ao setor privado, pessoa jurídica, R$ 114,8 bilhões e R$ 127,9 bilhões, mais 11,4%; e à pessoa física, R$ 610,6 bilhões e R$ 675,8 bilhões, mais 10,7%.
No Relatório da Administração, a Caixa destaca variação positiva de 9,2% em crédito imobiliário, 10,2% em crédito pessoa jurídica, principalmente a micro e pequenas empresas, 1,2% em saneamento e infraestrutura e de 113,6% em agronegócio.
Pessoa jurídica do setor privado registra em dezembro de 2021 concentração no comércio varejista, com R$ 24,2 bilhões, ou 18,9% do total e construção civil, com R$ 18,1 bilhões, ou 14,2% (gráfico 1).
Fatias de mercado e evolução dos saldos
Não obstante a variação positiva, a Caixa viu encolher sua fatia no mercado de crédito à pessoa física, de 27% para 24,8%, e no segmento imobiliário, de 69,3% para 66,5%. Manteve-se com 9,9% de participação em crédito à pessoa jurídica (para outros segmentos, ver o primeiro artigo desta série).
Observados balanços desde 2015, os saldos se elevaram, em valores históricos, de R$ 679,5 bilhões a R$ 842 bilhões, mais 27,6%. Em pessoa física, variação de 38,7% e redução em pessoa jurídica, menos 8,1%. Se, para comparação, forem corrigidos pela inflação a dezembro de 2021 os valores de dezembro de 2015, há redução nos saldos do setor público, do setor privado de pessoa jurídica e total das operações. Com pequena variação positiva, 1,8%, operações com pessoa física (Tabela 1).