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Fundos de investimentos e fundos sociais: R$ 1 trilhão desejado por concorrentes

Quinto e último artigo destacando números da Caixa do primeiro semestre de 2021

Em junho de 2021, a Caixa administrava R$ 645,8 bilhões em fundos de investimentos, aí classificados os de ações, os financeiros e aqueles em quotas de outros fundos. O valor é 5% superior ao de dezembro de 2020 e 16% mais elevado que o de junho desse ano. Nesse segmento, a Caixa detinha 7,7% do mercado em junho de 2021, queda quando observada série iniciada em 2016, na qual se registraram participações entre 8% e 8,6%. Ainda assim, muito dinheiro. Em tarifas bancárias, sob a rubrica fundos de investimentos, a Caixa contabilizou receita de R$ 1,089 bilhão nos seis primeiros meses deste ano.

Pedro Guimarães, presidente do banco, manifestou a pretensão de privatizar a administração desses recursos. A Caixa DTVM, registrada nas demonstrações financeiras como subsidiária sob seu controle integral, teria seu capital aberto, permitindo a sócios privados a partilha do ganho consolidado atualmente.

Fundo sociais

Olhos privados também se voltam aos fundos sociais administrados pela Caixa por delegação do governo federal, especialmente do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Em maio de 2021, esses fundos totalizavam R$ 641,7 bilhões, valor 5,8% superior ao contabilizado em dezembro de 2020 e 5,49% maior que o de junho do mesmo ano. O FGTS, com seus R$ 583 bilhões, correspondia, na data mais recente, a 90,8% do total.

Instituições financeiras concorrentes reiteradas vezes se propuseram e ainda se propõem a gerir o FGTS. Prometem rentabilidade mais elevada que a atual, embora a rentabilidade tenha limites definidos fora da Caixa, por legislação específica. Vale lembrar que até o início dos anos 1990 a rede privada cuidava do FGTS. Quando da centralização na Caixa, constatou-se que, para 30 milhões de registros em carteira, havia 100 milhões de contas vinculadas, parte das quais desconhecida dos titulares.

Mesmo reduzida à metade pelo corte na tarifa cobrada a partir de janeiro de 2020, a administração do FGTS trouxe à Caixa, nos seis primeiros meses do ano, R$ 1,321 bilhão, 11,4% do montante em receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias.

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