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Home office nas áreas-meio da Caixa: só politicagem e tormento aos trabalhadores

Todo mundo sabe que a pandemia trouxe a necessidade de que a Caixa, assim como outros bancos e empresas, implantasse o teletrabalho como forma de garantir o isolamento social, tão necessário para preservar vidas, evitando o contágio pela Covid-19.

Mas isso foi um desafio, pois o presidente Bolsonaro esteve contra o isolamento social e não gostou nada de os bancos públicos aderirem ao home office (HO).

Durante esse período, foram realizados muitos debates na categoria. Houve uma tentativa de esclarecer os trabalhadores sobre a armadilha que esse HO traria, uma vez que os bancos poderiam aproveitar a situação e mantê-lo, como modelo de trabalho, no pós-pandemia.

Fizemos vários textos e vídeos, que podem ser lidos e assistidos em nosso site, no Facebook e no nosso canal de Youtube. Mostramos as inúmeras desvantagens e os retrocessos que estavam ocorrendo com o HO.

O fato é que, nas grandes cidades, uma grande parte dos trabalhadores preferem o HO, com todos os problemas que ele traz, pois se sentem melhor trabalhando em casa do que se deslocando até o trabalho.

Na pesquisa realizada pelos sindicatos, em agosto deste ano, metade da categoria preferia o HO, pois estavam gostando do modelo de trabalho.

Em um debate que realizamos, chegamos à conclusão de que é preciso respeitar a vontade dos trabalhadores. O correto é os sindicatos pressionarem a Fenaban para que haja uma opção, sem pressão alguma, para que os trabalhadores decidam se preferem o presencial ou o HO.

Infelizmente, a Caixa tem se demonstrado a pior em termos de tratamento dos trabalhadores nesses casos. Aumentou as metas, não permitiu a assinatura de ponto eletrônico – extrapolando a jornada de seis horas, tudo isso sem uma ajuda de custo aos empregados.

Durante a pandemia, assim como ocorreu com outros bancos, a Caixa entregou vários prédios que foram fechados, uma vez que todos estavam em HO, ou seja, sinalizando que essa forma de trabalho teria vindo para ficar! Não haveria mais volta ao presencial por grande parte dos empregados.

Agora, para atender ao desejo insano de Bolsonaro, Pedro Guimarães resolve que os empregados devem retornar ao presencial! Só que não há mesa e local disponível para todos que queiram voltar!

Isso mostra a politicagem dentro da Caixa e a forma desrespeitosa de tratar os empregados.

A Caixa fez um termo em que o empregado que escolher voltar ao trabalho presencial é obrigado a assinar. Nele, fica explícito que a responsabilidade pela volta é do empregado!

Mas, para forçar os empregados a voltar, já que esse é o desejo de Bolsonaro/Pedro Guimarães, os empregados que quiserem continuar em HO precisarão ficar uma semana em casa e uma semana no presencial.

Ou seja, todas as semanas terão de pegar seu computador e outros objetos de trabalho e levar consigo para a sua unidade e, depois, de volta para casa! Sem ajuda de deslocamento!

E isso será apenas por pouco tempo, já que a estratégia da empresa é colocar todo mundo mesmo no teletrabalho. Agora, é só para agradar o presidente.

Esse tratamento dado aos empregados só demonstra como temos de nos organizar e fortalecer uma luta pelos nossos direitos. Bolsonaro é de extrema-direita e contra os trabalhadores. A Caixa, sob seu controle, reproduz essa política!

Os sindicatos precisam chamar reuniões e assembleias para fazermos uma luta por nossos direitos. Nós, do Agora é para Todos, cobramos uma Campanha da Contraf/CUT para que possamos nos organizar nesse sentido!

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