Previdência e Saúde

Outubro Rosa/19 de outubro Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama

Diagnóstico precoce preserva vidas

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo de maior incidência no mundo, atingindo mulheres indistintamente nos países desenvolvidos ou em desenvolvimento, só perdendo para o câncer de pele não melanoma, muito menos agressivo. Em 2022, informa o DATA/SUS, o Brasil registrou mais de 77 mil internações por esse tipo de neoplasia.

Apesar do alto índice de letalidade, segundo especialistas, o câncer de mama pode ser curado se for diagnosticado precocemente, em estágio inicial, considerados os que não tenham ultrapassado 1 centímetro de extensão. Por isso a grande importância das campanhas de conscientização, intensificadas durante o “Outubro Rosa” e, em especial, no dia 19/10, “Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama”.

O autoexame das mamas, antes amplamente difundido, deixou de ser orientado pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), pois não permite identificar lesões muito pequenas, consideradas pré-malignas, conforme esclarece o assessor especial e ex-presidente da SBM, Dr. Antônio Frasson, no site da instituição, o que pode levar muitas mulheres a buscarem a confirmação do diagnóstico já em estados mais avançados da doença, reduzindo a eficácia do tratamento.

Assim, a partir dos 40 anos de idade, toda mulher deve realizar exame clínico anualmente e, entre os 50 e 69 anos, realizar a mamografia, pelo menos a cada dois anos, para possibilitar a detecção de tumores antes que se tornem palpáveis, quando as chances de cura são superiores a 90%.

De acordo com dados do site da Biblioteca do Observatório da Atenção Primária à Saúde (APS) ( observatoriodaaps.com.br  – consultado em 05/10/2023) a maior incidência do câncer de mama se dá a partir dos 50 anos, tendo representado em 2022 mais de 70% dos casos de internação, distribuindo-se nas faixa etárias correspondentes, conforme segue: 20.166 internações de pessoas na faixa entre 45 e 54 anos, 20.394 entre 55 e 64 anos e 20.049 acima de 65 anos. Ainda, segundo o site, embora representando em torno de apenas 1% dos casos, homens também podem desenvolver a doença.

No tratamento dessa neoplasia, o SUS, mais uma vez, se destaca. Segundo as estatísticas do Ministério da Saúde, o sistema público, considerando também sua rede conveniada, foi responsável por 62% de todos os tratamentos.

O sistema dispõe ainda de uma rede de parceiros que dão apoio a pessoas diagnosticadas com câncer, em especial o de mama, como é o caso da organização não governamental (ONG) Recomeçar, fundada em 2014 por Joana Jecker, que aos 30 anos foi diagnosticada e se submeteu ao processo de mastectomia total, no hospital filantrópico Mário Kroeff no Rio de Janeiro, conveniado ao SUS, onde, segundo ela, foi totalmente amparada ( https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/fevereiro/grupos-de-apoio-atuam-em-parceria-com-o-sus-no-amparo-a-pacientes-oncologicos – consultado em 05/10/2023).

Mais alguns exemplos de entidade integrantes dessa rede de apoio são: a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMANA) (www.femana.org.br) , Associação Rosa Mulher (www.associacaorosamulher.org) , Fundação Laço Rosa  (www.fundacaolacorosa.com ), Instituto Neo Mama (www.neomama.org.br)  e Instituto Protea (www.protea.org.br), entre outras.

O Outubro Rosa, criado na década de 1990, pela Fundação Susan G. Komen For The Cure, nos Estados Unidos, foi celebrado no Brasil, pela primeira vez, em 2002, em São Paulo, quando o obelisco do Ibirapuera recebeu iluminação rosa. Posteriormente diversos outros municípios em todo o país passaram a imitar a iniciativa em monumentos e edifícios conhecidos, impulsionando o movimento e atraindo a atenção de toda a população para esse grave problema de saúde.

O mês foi escolhido para a intensificação das campanhas de conscientização sobre o tema, em razão de, anteriormente, o dia 19 de outubro já ser celebrado como o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama, reforçando assim a necessidade de as mulheres buscarem na atenção básica de saúde o diagnóstico precoce dessa terrível doença estendendo as iniciativas voltadas a essa conscientização durante todo o mês.

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