Os planos administrados pela Funcef superaram a meta de 5,26%, comum a todos eles, no acumulado dos sete primeiros meses do ano. A meta é dada pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período acrescida de taxa de juros de 4,5% ao ano. De janeiro a julho, INPC de 2,59% e taxa de juros de 2,60%, que corresponde a 7/12 da taxa anual.
Segmentos de aplicação
Os segmentos de Renda Fixa, que inclui títulos da dívida pública da União, e de Renda Variável, com ações negociadas em mercado aberto, concentram 88% das aplicações e investimentos na soma dos planos. Renda Fixa alcançou resultado de 7,22%, 1,96 ponto percentual acima da meta. Renda variável registrou 4,95%, percentual que, embora inferior à meta, representa recuperação em relação às variações observadas anteriormente neste ano. A deflação apurada pelo IBGE, de -0,10% em junho e de -0,09% em julho, contribui para a redução do INPC acumulado e alcance da meta.
Deficit ainda é elevado: no acumulado dos planos, R$ 7,503 bilhões
O Reg/Replan Saldado tem déficit acumulado de R$ 7,066 bilhões, o Não Saldado, R$ 392 milhões, e o Novo Plano, reserva de assistidos, déficit de R$ 98 milhões. O Plano Reb não registra deficit.
Para cálculo do déficit, considera-se em cada plano o total das obrigações até o último benefício do último participante, em valor presente, e o total dos ativos de investimento ou aplicação que garantirão o pagamento dessas obrigações. Esse cálculo observa valores acumulados anteriores e não exclusivamente os do exercício atual. Deficits já equacionados e que são objeto de contribuições extraordinárias, situação atual do Saldado e Não Saldado, não estão incluídos: contabilmente, são considerados reservas a integralizar.
Planos em déficit exigem equacionamento, impondo contribuições extraordinárias, na hipótese de o valor negativo (alínea “c” na tabela), após o ajuste de precificação (alínea “d”), superar o limite de solvência (alínea “f”). Não é o caso atual dos planos Funcef.