Ao defender a aprovação da proposta negociada com a direção da Caixa em relação ao Saúde Caixa, Contraf-CUT e entidades que a ela se submetem destacam como “conquista” o não estabelecimento de cobrança adicional em razão de déficit existente. Não há referência a se, de fato, esse déficit existe, qual a razão para tanto e qual seu montante. Usuários não têm acesso aos números. Há sigilo endossado pelos negociadores, embora usuários banquem parcela cada mais elevada dos dispêndios.
Também como “conquista”, a definição do limite para as mensalidades dos usuários em 7% da remuneração. Tal limite, antes em 2%, depois em 4,3%, saltará a 7%. O adicional por dependente, de R$ 480,00, por ser nominal, terá impacto tão maior quanto menor for a remuneração dos usuário, seja ele da ativa ou aposentado.
Cobrança adicional, cobrança ainda maior por dependente, elevação de limite para os usuários além de 7% são ameaças, chantagens para sustentar o “poderia ser bem pior”. E essas ameaças serão no curto prazo utilizadas novamente como chantagem, uma vez que continuarão consagradas no novo acordo coletivo que se pretende aprovar.
Por fim, bom registrar sempre: empregados da Caixa admitidos a partir de 1º de setembro de 2018 perdem o direito ao Saúde Caixa quando da aposentadoria. É discriminação que entidades que subscrevem os acordos endossam e nem comentam.
No quadro a seguir, principais itens relativos ao Saúde Caixa e alterações nocivas aos participantes