O lucro líquido da Caixa no primeiro trimestre de 2022 foi de R$ 2,542 bilhões, valor 44,6% inferior ao verificado no mesmo período de 2021, R$ 4,583 bilhões. Há que se destacar, no entanto, que o lucro do primeiro trimestre de 2021 havia sido inflado em R$ R$ 1,477 bilhão pelo resultado não operacional, consequência da reestruturação societária da Caixa Seguridade. De toda forma, o resultado operacional agora também foi ruim: na comparação entre o primeiro trimestre de cada ano, redução de R$ 3,426 bilhões em 2021 para R$ 2 bilhões em 2022. Receitas de intermediação financeira cresceram 58,3%, mas as despesas de intermediação cresceram muito mais, 120,2%.
Recursos de clientes
Os saldos em recursos de clientes na Caixa encolheram R$ 11,2 bilhões, dos quais R$ 6,9 bilhões em depósitos à vista e R$ 5,7 bilhões em poupança. Crescimento, apenas, em depósitos judiciais.
No Relatório da Administração, a direção da Caixa valoriza alguns prêmios a ela concedidos pelo que denomina “governança” e destaca números desde 2018, como se fizesse um balanço de encerramento de gestão. Das operações, menciona o crescimento de 204% na contratação ao agronegócio, com a carteira nesse segmento alcançando R$ 6,7 bilhões. Destaca, também, o crédito habitacional, com contratações de R$ 34,4 bilhões, valor 17,8% superior ao do primeiro trimestre de 2021. Registra, ainda, o pagamento de R$ 83,5 bilhões em benefícios sociais continuados e benefícios sociais emergenciais e comemora a migração de todos os fundos de investimentos administrados da Caixa para a Caixa Asset, uma das subsidiárias do banco na lista das privatizações. Esses fundos, segundo o relatório, somam R$ 487,5 bilhões. Diferentemente de anos anteriores, a Caixa não divulgou sua participação de mercado nos diversos segmentos de aplicações.