A Caixa divulgou na noite de ontem (27/fev) resultado 2023. O lucro líquido foi de R$ 11,7 bilhões, valor 20% superior ao registrado em 2022, então de R$ 9,774 bilhões. Houve crescimento de 19,3% no resultado da intermediação financeira, com variação também positiva, embora residual, em resultado operacional, 2,1%. O negativo do resultado não operacional se deve, segundo notas explicativas publicadas, a “perdas relativas à divergência de conciliação operacional versus contábil da carteira de crédito comercial”. Há que se destacar que, na gestão Bolsonaro, o resultado não operacional inflava artificialmente os lucros do banco, dada a alienação de participações da Caixa em empresas ou serviços, o que não ocorre agora. Na carteira de crédito, financiamento imobiliário com receita de R$ 61,3 bilhões em 2023 ante R$ 50,9 do ano anterior, variação de 20,5%. Nas operações de empréstimos, títulos descontados e financiamentos, receita de R$ 44 bilhões em 2023, valor 20,8% superior ao de 2022, R$ 36,5 bilhões.
Fatias de mercado
A Caixa segue recuperando fatias de mercado que vinha perdendo desde os governos Temer e Bolsonaro, embora ainda esteja distante da participação observada em 2016 para a maioria das operações, exceção àquelas do agronegócio. Na comparação dezembro de 2023 com dezembro de 2022, a presença da Caixa foi mais elevada em todos os segmentos, com redução apenas em fundos de investimento, que oscilou negativamente 0,42%. Destaque positivo para Letras de Crédito Imobiliário, com 9,79%. Positivos, também, segmento de depósitos em poupança, de depósitos à vista, de certificados de depósitos bancários, da carteira de crédito ampliada, com predomínio crescente em financiamento imobiliário.
Receitas de prestação de serviços
O crescimento em receitas de prestação de serviços de governo foi 2,7% na comparação de 2023 ao ano anterior. Em tarifas bancárias, considerados tais exercícios, variação positiva de 2,9%. Somados esses grupos, receita de R$ 25,8 bilhões, valor R$ 701 milhões maior que o alcançado em 2022. Destaque para o peso significativo da prestação de serviços de governo, que representa 35,9% do montante arrecadado.
